Martinho
Lutero – Criador da Reforma Protestante
Reforma Protestante
A Reforma ou Reforma Protestante foi um movimento
de caráter religioso, político e econômico iniciado na Alemanha no século XVI,
que causou uma grande transformação na unidade da Igreja Católica e na
interpretação da fé cristã. A Reforma estava vinculada às mudanças da
mentalidade medieval para a mentalidade moderna, definidas com o Renascimento e
com a transição do feudalismo para o capitalismo.
Podemos apontar como principais causas da Reforma:
·
A corrupção do clero católico, que, entre outras ações, acumulava bens
materiais;
·
Os conflitos entre os reis e os papas;
·
A influência do humanismo;
·
A difusão da Bíblia a partir da invenção da imprensa;
·
A condenação da usura (lucro exagerado) pelo clero católico, em total
descompasso com o desenvolvimento do capitalismo comercial;
·
A venda de relíquias sagradas e de indulgências (o perdão dos pecados)
pelos membros da Igreja;
·
A necessidade de uma nova ética
religiosa, mais adequada
aos interesses da burguesia.
Todos esses fatores impulsionaram o surgimento de reformadores em vários
países da Europa, mas merecem comentários por suas realizações Martinho Lutero,
João Calvino e Henrique VIII.
Reforma Luterana- Luteranismo
Martinho Lutero era um frei agostiniano e criou o
luteranismo, na Alemanha. Suas críticas eram dirigidas contra o lucro da Igreja
e a venda de indulgências. Propôs uma nova interpretação da fé cristã baseada
nos seguintes princípios: a fé é a única fonte de salvação, a aceitação de dois
sacramentos apenas – o batismo e a eucaristia -, a utilização do idioma
nacional nas cerimônias religiosas em substituição ao latim, o livre exame da
Bíblia pelos fiéis é a única fonte de fé e a eliminação da autoridade do papa e
do culto dos santos e das imagens.
A nova religião conseguia cada vez mais adeptos
e foi chamada de protestante quando, em 1529, alguns príncipes alemães protestaram
contra normas que impediam cada Estado de adotar sua própria religião. A partir
daí, todos os reformistas passaram a ser denominados protestantes.
Reforma Calvinista -
Calvinismo
João Calvino (1509-1564) entre os primeiros adeptos
das idéia de Martin Lutero, mas com o tempo começou a defender que a salvação
vinha pelo trabalho justo e honesto e que o enriquecimento era apenas uma graça
divina, não podendo ser condenado, mas sim que era uma predestinação divina e
que nada podia ser feito para mudar isso. Com esse pensamento Calvino acaba
atraindo muitos comerciantes e banqueiros.
Reforma Anglicana -
Anglicanismo
Na primeira metade do século XVI, o rei Henrique
VIII (1509-1547), que fora aliado do papa, funda a nova igreja, devido à
negação do papa a seu pedido de divórcio. Tal rompimento teve adesão do alto
clero inglês e do parlamento.
Além disso, esse rompimento também foi causado pelo
fato da Igreja Católica ser detentora de grande parte das terras inglesas, o
que gerava a cobiça da nobreza inglesa.
Aliando-se a isso, havia a necessidade de
enfraquecer o grande poder político da igreja inglesa. Para isso a cobiça da
nobreza pelas terras católicas foi de grande valor a fim de aliar os nobres
ingleses contra a Igreja.
Contrarreforma
Frente aos movimentos de ruptura com a Igreja
Católica, esta primeiramente começou um processo de perseguição, que não teve
grandes frutos. Diante a isso se começou a reconhecer a ruptura protestante e,
juntamente a isso, começou um movimento de moralização e reorganização
estrutural da Igreja Católica. Entre essas medidas destacam-se:
Index:
era uma lista com todas as obras proibidas pela igreja. Ela era atualizada
periodicamente, de acordo com o surgimento de novas obras. No Index eram vetadas publicações que
fizessem referência a qualquer tipo de heresia, superstição ou magia, que
defendesse questões polêmicas ou que tratasse com desrespeito assuntos
religiosos.
Criação da Ordem dos Jesuítas: Fundada em 1534,
pelo militar espanhol Inácio de Loyola, os jesuítas consideravam-se soldados da
igreja e possuíam uma estrutura militar, que tinha por função combater o avanço
protestante com as armas do espírito, através da catequização e da conversão ao
catolicismo. No âmbito da catequização, destaca-se o trabalho dos jesuítas nas
novas terras descobertas, visando converter os não-cristãos.
Concílio de Trento: em 1545, o papa Paulo III,
convocou reuniões entre católicos, realizadas inicialmente na cidade de Trento.
Esse apresentou, ao final de 18 anos, um conjunto de decisões para garantir
unidade católica e disciplina eclesiástica e reafirmando o dogma católico.
Inquisição: O tribunal da Inquisição foi criado em
1231, mas com o tempo foram reduzindo suas atividades. Mas com o avanço do
protestantismo eles foram reativados em meados do século XVI. Entre suas
atividades foram criadas listas de livros proibidos e julgaram os que discordavam
da Igreja Católica.
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